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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Só um texto...

Ando meio devagar com o blog mas tem sido uma correria danada por aqui...
Eu queria ter outras palavras pra escrever, no entanto assim foi meu ano e assim sairão as palavras...
Este é um ano que sinceramente gostaria de arrancar do calendário... quando tudo parecia que iria melhorar... quando as dores da fibro se atenuaram e me deixaram em paz com um tratamento que fiz e eu achei que finalmente teria paz...
uma notícia de doença e morte na família abalou de vez com minhas estruturas... todo o tratamento se foi pela antena do celular no instante em que recebi a notícia... naquela hora as dores despencaram de uma só vez sem dó...

Mesmo dolorida, nessa 1 semana até o falecimento, tive que ter forças por mim, por minha madrinha e pela minha outra tia... apesar de tudo, ainda teve seu lado bom, o lado bonito... a família que estava meio que afastada (não eu, que sempre fui grudada nas minhas 3 mães postiças, que cuidaram de mim quando pequena, enquanto minha mãe trabalhava), voltou... houve muita solidariedade...

E em meio a dor, quanta coisa foi ensinada... lições aprendidas nestas condições jamais são esquecidas... e nisso teve o blog, que agradeço muito a todas as leitoras, algumas que viraram amigas -mas todas foram importantes e indiretamente me deram apoio moral e força pra continuar...


Nesse meio tempo, eu que já usava e amava um creminho, de repente me vi comprando coisas que antes eram impensáveis... nesse intervalo vi a necessidade e o poder de uma maquiagem, pois posso dizer que a deprê que se instalou por este fato, da perda mais a recaída de uma coisa que já estava controlada me fez ganhar uns bons anos.
Aprendi bastante, tive a oportunidade de comprar em lojas que antes nem sonhava existir e admito, todos os cremes comprados com ajuda de resenhas e pesquisas, fizeram o rosto voltar a ter viço...
Então, o que antes era paixonite, virou uma necessidade de consertar o estrago e o fator comprar foi como querer tapar o buraco com argamassa de cremes e tijolinhos de estojo de make... e repito, não que nunca tenha usado ou comprado... mas a frequencia e a quantidade que aumentaram...

De certo modo foi bom, pois aprendi a usar a make corretiva, aprendi na carne o quanto os aborrecimentos nos envelhecem e mais importante: aprendi que descontar as frustrações em compras não adianta- claro que sempre soube disso e comprava de modo consciente, era sempre um tipo de cada item, no máximo 2, ia alternando conforme a necessidade e ia comprando conforme acabava...
quando vi as coisas não caberem onde antes cabiam perfeitamente e que mais unidades nunca fizeram falta - aí me caiu a ficha...

Algumas coisas me conquistaram de vez, como os esmaltes, acabaram virando terapia, fazer as unhas e babar na beleza, não que antes não o fizesse- mas acho que vocês entenderam né...
Hoje eu tenho uma infinidade de itens de todos os tipos, pois ia sentindo falta de uma ou outra cor... mas eu duvido que conseguirei usar antes de vencer... claro que sempre dentro dos meus limites financeiros...

O que quero dizer com tudo isso é: precisamos mesmo de tanta coisa ?! Não estou aqui pra criticar quem gosta, quem compra, porque eu mesma adoro uma comprinha e como disse tenho paixonite por um creminho, muito menos dizer que não é pra se cuidar, pois eu mesma tive que fazer um intensivo pra não ficar com cara de "mumia amassada", se cuidar é válido, é preciso - mas você já se perguntou, se você compra pra tapar algum buraco?!
Numa época em que comprar e ter virou algo como status, na época do Natal que os pacotinhos as vezes chegam a ser mais importantes que a idéia da data em si...

Aprendi muitas coisas além destas, que não vem ao caso- mas a maior lição foi perceber que comprei em excesso por isso...

Um comentário:

  1. Eu não compro quase nada, e quando compro é porque preciso ou quero me agradar. O pedacinho que me falta eu preencho comendo chocolate '-' mas eu tenho um auto controle incrivel, desde criança...a vida me ensinou, mamãe diz que minha vida daria uma novela, um drama mexicano rsrsrs Eu não sou muito apegada á familia, só á minha mãe e ao meu marido e tenho meus motivos. Acho que o que me salva é a minha serenidade e paz interior que auto adquiri ao longo dos anos.

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